O príncipe herdeiro da Arábia Sauditanome do jogo do tigrinho, Mohammed bin Salman, disse que o país pretende investir pelo menos US$ 600 bilhões (R$ 3,58 trilhões) nos EUA nos próximos quatro anos, enquanto o reino busca aprofundar os laços com seu aliado ocidental mais importante após o retorno de Donald Trump à Casa Branca.
Bin Salman fez uma ligação telefônica nesta quinta-feira (23) para parabenizar Trump por sua posse e afirmou que as reformas propostas pela nova administração dos EUA "criariam uma prosperidade econômica e oportunidades sem precedentes", de acordo com a Agência de Imprensa Saudita oficial.

A Casa Branca não mencionou o pacote de investimento dos sauditas e afirmou que a conversa entre Bin Salman e Trump foi sobre as "ambições econômicas internacionais" do reino e trataram do comércio e de outras oportunidades de negócios.
Os dois também discutiram os esforços para levar estabilidade ao Oriente Médio, reforçar a segurança regional e combater o terrorismo, informou o governo dos EUA em um comunicado nesta quinta-feira.
O secretário de Estado, Marco Rubio, e o líder de fato da Arábia Saudita —frequentemente conhecido por suas iniciais MBS— também conversaram por telefone para discutir os desenvolvimentos no Oriente Médio, disse o departamento de Estado na quarta-feira (22).
Trump disse na segunda-feira (20) que consideraria ir para a Arábia Saudita em sua primeira viagem ao exterior como presidente, caso Riad concordasse em comprar US$ 500 bilhões (R$ 2,98 trilhões) em produtos dos EUA, como afirmou que o reino fez em seu primeiro mandato na Casa Branca.
"Eu fiz isso com a Arábia Saudita da última vez porque eles concordaram em comprar US$ 450 bilhões em nossos produtos", disse Trump a repórteres no Salão Oval após sua posse. "Se a Arábia Saudita quisesse comprar outros US$ 450 bilhões ou US$ 500 bilhões —vamos aumentar por causa da correção da inflação— acho que provavelmente iria", afirmou.
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Quando assumiu o cargo para seu primeiro mandato em 2017, Trump rompeu com a tradição ao fazer da Arábia Saudita seu primeiro destino no exterior ao participar de uma cúpula de líderes árabes e muçulmanos em Riad. Presidentes recém-eleitos dos EUA geralmente visitam primeiro o Canadá ou o México, países vizinhos.
O Cashback da ZA9BET.bet tá ON - Tem cashback direto na ZA9BETA informação da imprensa saudita sobre a ligação entre o príncipe Bin Salman e Trump não forneceu detalhes sobre os setores ou indústrias que receberiam os US$ 600 bilhões de investimento, mas disse que o valor poderia ir "muito além disso caso surjam outras oportunidades".
Trump manteve laços estreitos com a Arábia Saudita durante seu primeiro mandato, enquanto o fundo soberano do país investiu bilhões de dólares em empresas administradas pelo genro de Trump, Jared Kushner, e pelo ex-secretário do Tesouro Steven Mnuchin, logo após Trump deixar a Casa Branca.
A Organização Trump também assinou acordos para licenciar a marca Trump para desenvolvimentos imobiliários na Arábia Saudita e em outras partes do Golfo Pérsico.
Rubio e Bin Salman discutiram Gaza, Líbano e Síria, bem como a ameaça representada pelo Irã, principal rival regional da Arábia Saudita.
Ataques israelenses ao território iraniano em outubro atingiram uma série de instalações militares do país, incluindo fábricas de mísseis e sistemas de defesa aérea.
Folha MercadoAs capacidades militares do chamado eixo de resistência do Irã, incluindo procuradores e aliados como o Hizbollah do Líbano e o Hamas baseado em Gaza, também foram afetadas após 15 meses de conflito com Israel. Rebeldes islamistas na Síria no mês passado também derrubaram o regime do ex-presidente Bashar al-Assad, outro aliado de Teerã.
Trump disse na segunda-feira que esperava que a Arábia Saudita eventualmente normalize a relação com Israel e se juntasse aos Acordos de Abraão, uma iniciativa acordada durante seu primeiro mandato que normalizou as relações entre Israel e vários estados árabes, incluindo os Emirados Árabes Unidos.
Com informações da Reuters
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